sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Uma Questão de Sobrevivência. por Pippo Pezzini




Vivenciamos muitas derrotas dentro dos nossos roteiros dramáticos, quebramos barreiras de convivência, insistimos numa conveniência prazerosa , engolimos palavras que sairiam disparadas em vão para não dissipar uma relação por uma besteira de EGO.




E então aqui estamos, sobrevivemos há tantas mágoas, injúrias, e decepções que nossa imunidade parece ficar mais forte a cada dia, os vírus estão sendo disseminados, mas será que teremos todos os anti-vírus? Eu acredito que criamos nossos monstros, criamos nossos medos, criamos nosso EGO, e a partir deles tornamos nossa mente um completo CAOS.




O Caos neurótico que insiste em nos controlar, insiste em competir a tudo, e inalando esse composto capitalista, nos tornamos como eles, competitivo, ganancioso, individualista.


Mas o que me acomete nesse período curto de escrita é como reagimos diante dessa guerra, como nossos mecanismos de defesa (Freud), agem sobre a questão da sobrevivência.


Nosso ideais agem como ímãs brigando com o sistema, e quando chegamos muito perto, a atratividade faz os dois opostos se atraírem.




Seria uma lógica tão objetiva para quem estuda a subjetividade humana, mas me detenho a esse exemplo simplista e grosseiro para expressar o que fazemos inconscientemente para sobreviver nesse meio. Eu luto para não me entregar, eu luto comigo mesmo, eu luto com o clichê caxiense. ''Seria mais fácil fazer como todo mundo faz" (H. Gessinger).




Virou uma filosofia de vida tomar como padrão ideológico o ''poder''. O poder no nosso caso, não se resume ao poder intelectual, cultural ou qualquer outro meio construtivo, e sim a IMAGEM SOCIAL, O DINHEIRO E OS BENS MATERIAIS. Pense um pouco: Julgamos pela roupa que o sujeito veste, pelo carro, pela casa, pelo emprego, pela posição social. E nunca pela sua ideologia pois menosprezamos pela primeira impressão antes de qualquer outra roupagem. E por esse preconceito que se cria, somos coagidos há entrar nesse jogo de interesse para ganhar atenção, para satisfazer nosso EGO carente de relacionamento.




E então, puxamos o saco, vestimos uma roupa que não gostamos, falamos conforme a gíria do grupo, compramos um carro não por locomoção e sim por segundas intenções, e colocamos um terno para as pessoas acharem que você é muito importante, mas você sabe no fundo que é um ser vazio em todos os sentidos e esculpimos nossa máscara social para sobreviver e tentar se feliz nessa merda!




Concluindo, somos manipulados a todo instante, somos coagidos, somos palhaços fora do circo, somos macacos falantes de terno. E O PIOR DE TUDO, TEMOS ORGULHO DE TODA ESSA BOSTA QUE FINGIMOS SER.




PARABÉNS!