quinta-feira, 29 de julho de 2010


Luto com minhas unhas riscando a sobrevivência e meus dentes cravados na impiedade. Luto com as forças que desconheço de tamanha descarga de adrenalina em minhas veias. Luto com meu instinto, o desejo animal, carnal, a biogénetica adaptativa querendo sobrepor a tudo. Luto com o meu self, o meu superego, luto com a vida a todo instante! E ouvi de meus aliados de guerrilha que é uma luta sem fim, só acaba quando o seu coração passa de vital para matéria. Mas a causa é desconhecida, não ouvi uma sequer redundância, cada um descreve uma causa. Tive que criar a minha.

O dia amanhece claro, o sol que se escondia atrás das nuvens agora ganha vida e se vangloria de toda a sua importância, ponho meu ray-ban, é horrível ser cegado de manhã quando você acaba de sair de seu aposento na penumbra, e ainda em estado vegetativo. Minha moto escorada no pilar me espera com fidelidade para roncar num passeio curto até o destino. Sem escrupulos acelero morro acima prester a entrar em colapso, mas o vento que age como atrito, também me causa uma sensação de torpor, mas sigo em frente, não permito debates.
Não sei ao certo quando a última gota do combústivel vai fazer o pistão trabalhar, sei que não vou voltar atrás, o caminho percorrido já foi conquistado. De km a km, vou indo, o mapa do destino está pela metade, e agora preciso redesenhár-lo. Uma tarefa arriscada.

FORÇA a todos os Guerreiros que seguem o trajeto dos próprios sonhos, superando as quedas, dirigindo seus medos, e protagonizando seu roteiro.