sábado, 12 de junho de 2010

Mais um dia chega ao fim - (Ficção)

Algo Ressoa como um grito agoniante sobre meus ouvidos, tento discenir o que está acontencendo, estava numa paz boiando numa praia paradisíaca observando os coqueiros que balançavam suavemente, e aquele som não para, quando minha consciência começa a trabalhar percebo todo o encanto desaparecer, e reconheço aquele velho som infernal do despertador que perpetra meu inconsciente. E ainda cambaleante, me retiro do calor dos cobertores e vou lavar o rosto com a tentativa de despertar para mais um dia, olho no espelho e lembro daquele homem jovial, inocente e com euforia de uma criança que não vê a hora de brincar com aquele presente que ganhou na noite anterior. Onde Está ele? Nenhum sorriso parece pestanejar aquele semblante ímpido que parece morrer a cada dia que passa. Mas deixa isso de lado, tenho que me arrumar! Estou atrasado e o chefe vai querer o meu rim por mais um dia fora do horário. Visto minhas calças jeans, e a camiseta da empresa suada do dia anterior, e nenhum pensamento feliz me vem a tona, aliás, não tenho tempo pra pensar, tempo é dinheiro, e pensar não ganha dinheiro, apenas cumpro o meu serviço. 7:00! abro a porta de casa e vejo o onibus chegando, puta q o pariuU! Corro com toda força que me resta, sem nenhum café da manhã. - EII, esperaaa, owww! Com a piedade que me faltava, o motorista para o onibus, entro agradecendo o incrível gesto de bondade que me deu comparado as atitudes egocentristas que estava acostumado. Na hora de pagar, minha moedas caem pelo onibus, tomando a atenção dos olhares debochados de todos. E a rotina se exalta sobre mim, rindo da minha cara na forca do conformismo, bato o cartão e lá vou eu, fazer aquele serviço que apenas perco neurônios e jogo fora 1/3 da minha vida, sendo o outro 1/3 uso para dormir, e outro 1/3 me estresso com minhas contas, cheque especial e discuto futebol no bar depois do trabalho. E mais um dia chega ao fim.