terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Ao Horizonte.

Olho pela Fresta da Cerca que me impede chegar as margens do lago, quero visualizar no reflexo das águas meu espelhamento, para talvez descobrir de uma vez quem sou, mas a proteção criada pelos homens não está colaborando estou a quilometros vagando pela encosta desse lago, acho que já contornei por completo, mas parece estar tudo igual.

O perplexo complexo dessa angústia mortal, nos fere como uma adaga envenenada, pouco a pouco o veneno se alastra pela corrente sanguínea, afetando os orgãos por onde passa, meu cérebro parece estar intacto, minha atenção seletiva está se focando na dúvida. Minhas glândulas tentam suprir a descarga de todos os hormônios que necessito para conviver com esse mal.

E a solidão, minha fiel companheira, me acompanha desde que esse questionamento perdura, agora ouço grilos que iludem ao ponto de acreditar que tudo está calmo, pacato, filhos da mãe. Preciso Concentração.