segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Enfim sós...

Podemos então almejar um jantar
Talvez abrir um champagne
Ou então deitar na sacada do seu prédio
E assistir o deslocar de estrelas extintas

Hum... Não sei bem certo
Não sei se estou apto a correr riscos
Eu sei, eu corro todo santo dia
Mas riscos físicos, e não emocionais

Vou esquecer do que me falaram
Aliás, se conselho fosse bom
Não dava, se vendia
Mas que contradição infame me meti

Mas voltando ao assunto, meu bem
Onde vamos hoje a noite?
Podíamos contrariar o destino sensato
E fugir desse pavilhão capitalista

Leve comida, e seus livros
Vou com a roupa do corpo e um violão
Lá teremos a fogueira, o Barulho das ondas
E um Ao outro basta.
Mais nada meu bem

Enfim sós...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Apenas por Educação...

Quando você convida alguém para sair junto apenas porque o sujeito estava no grupo , ou quando você oferece seu sanduíche para não ser mal educado, mas na verdade você nem queria dividir.
Situações rotineiras como essas, quando percebidas, se tornam chatas, pois demonstram a real face do mascarado. Não prezamos a sinceridade, devido a constranger e criar conflitos nas relações que entendemos como produtiva. Mas a pergunta que nos cabe responder é, qual seria o ganho dessa repressão ideológica?
Entendo que devemos manter muitas vezes nossa instintiva visão recalcada, para podermos conviver socialmente e representar nossos papéis sociais. Todavia encarecemos nosso hábito de criticar, de expor nosso pensamento ideológico referente a temas divergentes, pois muitas vezes agimos por educação, e a intrínseca verdade se perde em meio a um emaranhado de fios de falsidade. E quando a decepção vem a tona, desconhecemos o motivo inicial, por nos cegar com a polidez alheia.
Outro Exemplo, você convida alguém para sair, e ela responde que está com dor de cabeça, ou qualquer outra desculpa para encobrir a sólida verdade. Eu particularmente prefiro Infinitamente ouvir a sinceridade, exemplo: Não estou afim. ou. Vou pra festa com minhas amigas. Isso se chama transparência, isso é ser acertivo. Esclarecer o motivo com a devida veracidade dos fatos, não ficar criando história, ou não atender o celular, sejam homem ou Mulher de verdade e encare os de frente, quem não deve, não teme.
Quando se tem um blog, e você utiliza-o de forma consciente e cultural, você acaba expondo muito da sua personalidade, dos seus anseios, das suas indignações, dos seus ideais, sem edições. Não posso dizer que meu blog é o espelhamento de quem sou, pois acredito na complexidade humana, mas sustento ele como uma vitrine parcialmente visível do meu ser. Parcial, pois usamos mecanismos de defesa a todo instante, e isso acaba interferindo no produto real.
Concluindo, no Brasil existe a omissão permanente que afetou os cidadãos como uma pandemia, em época de ditadura onde a repressão era constante, construía-se ideais de cultura, de grupo, de protestos. E hoje que conquistamos a liberdade de se expressar, não temos o desejo e a ânsia de se posicionar, lutar pelos direitos humanos que tange todo sistema social. A classe média e alta se adapta a confortabilidade e está pouco se lixando para os desfavorecidos, onde está a premissa de união? de fraternidade?
SE FOR APENAS POR EDUCAÇÃO, POR FAVOR, NÃO DIRIJA-SE A MIM.

sábado, 20 de novembro de 2010

Mídia, Sociedade de Consumo e Saúde.

Quando comprar se torna um remédio.

Qual a relação que a mídia tem sobre a saúde do sujeito? E o Consumismo?

Vivemos em tempos em que o ato de possuir, ter, comprar nos alivia de uma melancolia extraída das pressões que a sociedade impõe. Uma questão polêmica, pois condiciona o sujeito a assumir uma identidade massificada.

Há remédio para tudo! Sim. Todos as problemáticas popularizadas são supridas temporiamente pelo consumo exacerbado. Existem soluções para tudo, o Marketing é perspicaz, é impactante, existe todo um estudo psicológico no efeito que a propaganda pode causar naquele público alvo. Criou-se um discurso inconsciente, em que o afeto é secundário, não existem problemas emocionais enquanto se tem dinheiro.

E qual a consequência disso para nossa saúde?
A sociedade sempre ditou as normas do que é considerado normal, do que é considerado felicidade. E atualmente existe uma associação simbiótica dos termos felicidade e dinheiro. E sempre existem os excluídos, os que estão fora dos padrões cultuados e disseminados pela mídia, e acontece uma busca incessante pela incorporação do meio estabelecido.

A frustração pela ausência de uma inclusão, gera sintomas inicias de depressão, comportamentos obsessivos e angústias existenciais.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Insônia...

Mais um dia se passa, e você não sai da minha cabeça...
Se ao menos tivesse algo concreto, mas perco o sono em vão...
Fico aqui alucinando imagens, fico aqui perambulando em lugares inusitados
Tudo passa na minha mente, tudo passa nas redondezas da minha loucura...

Aliás, será que estamos preparados para lidar com nossas emoções
Talvez a pior delas, seja aquela na qual você aposta todas as fichas e perde
e percebe que quando você não espera nada em troca, tudo flui facilmente
é a lógica do EGO, é a razão sobrepondo as teorias iludidas do fracasso.

Meus olhos cegam na fumaça da realidade, um pouco de transitoriedade nas cores
A neblina me impede de enxergar a estrada, e o frio enfraquece minhas sinapses
Agora me resta, fechar os olhos e seguir na penumbra, com a alma limpa
A alma é o que temos de mais valor, dela extraímos nosso ser mais límpido

A solidão onipresente na minha existência, ora essencial, ora angustiante
Me permite retornar ao meu estado mais primitivo
Não se assuste, é normal, entretanto reprimimos nossos instintos insanos
Pois Temos papéis representativos dentro de uma sociedade repressora

Esqueça essas bobagens que eu escrevi, o certo seria você escrever suas próprias tolices
Uma questão de saúde, de posicionamento crítico, de autoridade ideológica.
A identidade ausente nos núcleos da sua mente, impedem que você crie, questione, critique
Ou será conformismo? enfim, tenha uma opinião.

E a insônia é assaz duradoura, persistente. Minha mente latente de tanto pensar
O final do dia deveria significar, descanso, uma pausa, mas os problemas não perdoam.
E o vento que perpassa pelos meus poros, causam uma sensação sublime, um gelo na espinha
Chega, é o fim de uma noite em claro. Vou forçar meu físico a ceder dessa vez.

Insônia, de um poeta que permeia entre a lucidez e o estado hipnótico.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

E assim é a vida...

Estou sobrevivendo a um mar de repúdio, muitas loucuras que quero arriscar, muitos sonhos para trabalhar, muitas guerras para travar, e a ansiedade insisti em permanecer remoendo meus órgãos.

Esse blog ultimamente está sendo minha terapia , venho aqui quando estou numa descarga emocional angustiante e transformo isso em texto, em crítica, se estou em paz, escrevo uma poesia romântica, mas não é o caso. ''E a verdade disso tudo é o que me faz seguir...'' é tão estranho tudo isso, todo esse marasmo, toda a encenação presente nos palcos do cotidiano, é necessário para a pessoas suportarem a pressão, a angústia, a frustração, criar mecanismos de defesa que atuam para subliminar, deslocar, alterar a situação com um fim de aceitação própria.
Mas qual é o meu papel nesse jogo.

Tenho dúvidas quanto a isso, me dê um tempo. Um tempo é tudo que eu preciso para descobrir quem sou, tenho certezas e incertezas concomitantes que brigam feito ID X SUPEREGO. ''E não dormiremos em paz, enquanto houver injustiças...'' Se não posso depender do estado, se não posso depender da bondade das pessoas, se não posso depender do incentivo, se não posso depender do capitalismo, então sou eu e eu. Você percebe que a inclusão digital e a competividade expoente cada dia mais, nos obriga a apelar para individualidade.

O individualismo é fruto também da falta de relações sociais na infância, seja trancando seu filho no apartamento jogando videogame, seja o temperamento tímido que o faz ficar reservado. na infância que construímos nossos valores morais e éticos, do que é certo e errado, do valor que o próximo têm, começamos a moldar nossa personalidade, sendo a última características distintas de gênio, de temperamento, de emoção próprias do sujeito.

''Me sinto tão estranho aqui, que mal posso me mexer irmão...''

Recebo críticas dessa depressão substancial que apresento em momentos como esse, mas vejo como necessário para reflexão interior, quem olha para fora, sonha. quem olha para dentro, desperta.

Obrigado, caros leitores, me sinto muito bem escrevendo. acredito que todos deveriam experimentar essa exposição de idéias, esse posicionamento crítico. Logo, logo vou postar um texto que escrevi sobre Mídia e Consumo.

MUITAA PAZ, MUITAA LUZZ, FORÇAA E FÉ!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Infinita Mente

Sobre um tema distinto, disserto minhas palavras ao vento, assim como anda minha vida, segue a trilha aplicada as correntes de ar que volta e meia se perdem nelas próprias. E a poesia, e a leitura, e a música é o que faz sentir minha alma evocar um sentimento de utilidade.

Comunico-lhes que estou muito feliz quanto a psicologia, as oportunidades vêm com a frequência exalada pela nossa aspiração, é a troca de energia, é a metafísica segundo a física quântica. Convidaram minha pessoa para exercer a vice-presidência do diretório acadêmico de psicologia, e confesso, estou contente por fazer parte da administração responsável por tantos feitos para o curso, e vou fazer o que estiver do meu alcance para trazer aos meus colegas eventos de integração, palestras e todas as informações que um estudante de psicologia merece saber, se tratando de congressos, serviços de utilidade pública, estágios, mobilizações, e tudo mais.

Então CHAPA 1 - Infinita Mente. Votem consciente. (Risos)

Cada dia chego mais próximo do sonho do exercício dessa profissão, e até lá comprometo aproveitar todas as possibilidades de aprendizado, vivências, experiências e me torno maleável (flexível) quanto a mudanças de ideologia, conceitos e tudo que for a acrescentar na transcendência pessoal. Incrivelmente estranho, deliberadamente desconexo, pensei nunca por a música de lado por nada nessa vida, mas no meio da estrada conheci uma forma de mudar a realidade das pessoas, percebi que temos o instrumento para melhorar a saúde psíquica, e não tem preço, não tem nada que possa agregar tamanho contentamento.

A música traz a paz, traz a energia para os ouvintes, mas quando elas voltam para suas casas os problemas não são sanados, quando retornam as suas rotinas, as dificuldades persistem.

E a indiferença das pessoas quanto o contexto social é nítida, é óbvio. Os poucos que criticam, não fazem absolutamente nada para protestar frente aquela situação, como um sujeito disposto a realmente mudar, e não apenas ficar na discussão de boteco. Então o capitalismo entra, para você que lê meus textos, deve estar de saco cheio desse termo, mas reflita o que você assiste na TV, olhe para o centro da cidade, olhe nos olhos das pessoas, repare a falta de sonhos imateriais que assombra o ser humano.

Uma epidemia, a globalização persiste em trazer a tona conceitos de padrões de beleza, globaliza o verbo ''ter'', e o saber fica de lado, você só vê campanhas de humanização por dois motivos, interesses da burguesia, ou justificativas de falsa filantropia.

Está em tempo de mudar, eu vou sair da internet agora e vou ler um livro.
A inteligência é a maior rebeldia.

Fiquem em paz, que Deus os proteja, porque o estado é negligente.

LIBERDADE - MENTE LIVRE