terça-feira, 30 de agosto de 2011

Meus heróis morreram de overdose...


Disparo contra o sol
Sou forte, sou por acaso
Minha metralhadora cheia de mágoas
Eu sou um cara
Cansado de correr
Na direção contrária
Sem pódio de chegada ou beijo de namorada
Eu sou mais um cara

MESTRE CAZUZA...

Como diria o imortal poeta Cazuza, '' te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro...''

Nesse país vivemos sobre a pressão das esferas de poder que nos comprimem numa densa camada de ignorância, ''e não nossa culpa, nascemos já com um benção''. As rádio tocam bostart, sertanojo infantil, e com isso lucram milhões, a tv fatura mantendo-nos sentados com a bunda no sofá perdendo neurônios e rindo como se fosse animais imbecilizados. Mas não dá nada, a copa está chegando, as olimpíadas também. O rio de janeiro perderá a fama de chão de guerra civil, que apenas cria ficções como tropa de elite para nos iludir e acharmos que tudo isso realmente está acontecendo. Fiquem calmos, torçam para que o Neymar ganhe a copa e mostre para o mundo todo o quanto somos bons, na minha opinião mostrará apenas o quanto somos alienados com o futebol.

'' Nas favelas, no Senado,
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a constituição
Mas todos acreditam no futuro da Nação''

Excelentíssimos Deputados, respeitem ao menos aqueles que não tem o que comer, aqueles que morrem em filas de hospitais, pensem em todos que matam um leão por dia para comprar pão e leite para suas famílias que moram em total vulnerabilidade social, aguardando ansiosamente para alguma bolsa nova ser criada. Enquanto eles dependem da bolsa família, senhores deputados, suas vadias estão torrando a grana pública nas bolsas Victor Hugo.

Protesto aqui, não para aumentar meu salário, graças a Deus,tenho oportunidades de emprego de sobra. Protesto para deixar para minha filha um país digno, justo, sem impostos exorbitantes, inflação sem nexo e seguro. Utopia? Se ninguém fizer nada, concordo que será utopia.

Vivemos falando mal dos EUA, mas eles são mil vezes mais politizados que nós. Um cidadão americano tem condições seguras de seguir nos estudos, com qualidade, com conhecimento. Qualquer diploma fora do Brasil tenho certeza que vale mais. Porque lá fora, os estudantes exigem do governo respeito com a educação, cobram quando há negligência.

''Se você quer me seguir não é seguro...''

Esse ano podemos notar que houve um aumento de passeatas e reivindicações. Mas não podemos desistir, e temos que aumentar o número dos participantes.

Junte-se aos Poetas Sociais nessa causa. Não somos de nenhum partido político, e não temos intenções de nos candidatar a política. Apenas um movimento Social.

ACOMPANHE A COLUNA 3X4 DO PIONEIRO, E LEIA NOSSA MATÉRIA EM BREVE.



PIPPO PEZZINI


segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Bella Caxias

Sabedoria.

Como é fácil escrever sobre um assunto que dá o que falar. Mesmo já tendo abordado este assunto, vou levantá-lo quantas vezes eu achar necessário. Não sou nenhuma autoridade ou coisa parecida, portanto isso não deve ser levado como uma matéria jornalística com estatísticas e afins. Não, aqui não falarei sobre discursos moralistas ou críticas sobre comportamento. Isso tudo vem tudo do mesmo inferno.

Através da incompreensível mídia recebi a notícia de um caso de racismo grave. Seria comum infelizmente se estivéssemos na Europa ou EUA, mas estamos no país das misturas raciais não é? Os lares caxienses em sua maioria ditam valores completamente desumanos às suas futuras gerações.

Dinheiro. Nossa. É um absurdo você não dar seu sangue por ele aqui. Ele vale mais que seu corpo e alma. Homofobia, preconceitos raciais e afins são regras ensinadas às crianças pelas influentes figuras paternas.

Aqui realmente há poucos casos de acusação de corrupção. No entanto acho curiosas as mortes que acontecem. Pobres, negros e mulatos. Claro diria um pseudoitaliano, “estes são os ápices da criminalidade”. Mas por quê? Sim, aqui a classe e a cor da pele determina o caráter de alguém.

É no mínimo interessante a reação das pessoas em sua maioria perante àquelas que não se enquadram nos seguintes requerimentos:

*descendência italiana;
*ideologia neofascista;
*branco;
*homofóbico;
*avarento;
*classe alta;
*aparência física de moldes conservadores;

Indiferença e desconfiança são pouco. O curioso é que isto já tem entrada nos lares de muitas pessoas de classes mais baixas. Estaríamos formando um exército de Mussolini?

Artistas e pessoas não diretamente ligados ao mercado abrangente (metalúrgicas e afins) são como o vento. Vazios, vão e voltam. Muito desvalorizados. E o que dizer daqueles que não vendem a alma pelo dinheiro? Vagabundos é pouco.

Vi um caso debaixo de meu nariz. Os pais do menino falam sobre ele ser médico. Sim, ele tem seis anos. Uma das maiores conversas entre pai e filho é direcionada ao dinheiro, como se fosse um imã desta relação. Medicina para chegar ao dinheiro. E ajudar aos outros? Isso acabou faz tempo.

Apontam-te o dedo. Determinam quem tu és antes de ti próprio. Bem vindos à Serra Gaúcha.

Na bela Caxias do Sul!

Autor - Jean Fernandes

domingo, 28 de agosto de 2011





Este emaranhado de letras visa a expor, em palavras breves, uma crítica sobre o documentário do jovem carioca Sandro, sobrevivente do massacre da candelária, e morto, como hoje se encontram, muitos daqueles que ousaram nascer desafortunados na Terra de Vera Cruz. Tenho a certeza, de que nem se descendesse diretamente de Machado de Assis, ou do poeta Quintana, não seria capaz de discorrer com perfeição, em prosa ou poesia, a realidade caótica da sociedade com a qual nos deparamos ao pormos os pés na rua de casa.

A miséria, a fome, a exclusão social, a falta de educação e lazer, deram origem a uma sub-raça de homens-monstros, que impõe terror, dos barracos de madeirite, aos palácios de Platina [1]. Vê-se em todos os cantos e ouve-se em todos os meios de comunicação, notícias alarmantes, dados terroríficos, revelando estatísticas de uma criminalidade que se propaga de maneira estupidamente veloz. O Estado Leviatã, doutrinado por Hobbes, apresenta-se cada vez mais no sentido bíblico da palavra. Isso mesmo, no sentido de monstro!

A história de Sandro é apenas mais uma, de outros milhares que foram assassinados pelo sistema, e desovados em uma vala qualquer. A paz padece, as mortes passam a ocorrer com mais frequência, e o que percebemos, é uma constante exclusão, um legítimo Apartheid Social, que nutre o ódio e a cólera, daquele que não tem como alimentar o estômago. Desta sorte, essa cólera alimenta a violência, e a violência causa inúmeras mortes, e as mortes causam o medo, e o medo gera uma xenofobia social crônica.

A efígie de país alegre, difundida no exterior, é paradoxal. Percebe-se, lucidamente, ao darmos atenção às absurdezas cotidianas, que o brasileiro apenas aprendeu a rir de suas desgraças, acostumando-se com elas, e, desta sorte, fazendo pouco para que o infortúnio tenha um fim. Esse tipo de atitude faz com que nos postemos entre os países mais desiguais do mundo.

Entretanto, ressaltados todos esses pontos mortificantes, dessa pátria amada, sustentada e adorada no Hino Nacional, é de importância, na consciência deste que escreve, questionar-se sobre o sistema e seus mantenedores. É revoltoso ter ciência de que toda essa desgraça é gerada por mentes pútridas, pérfidas, egoístas, mas, sobretudo humanas, ah demasiado humanas.

O descaso de um filho da p*** afoga no barro toda a sua família, me põe num assalto, de Taurus sonhando...(a286– Misericórdia)

A corrupção política, o real descaso nas áreas da saúde, educação e cidadania, faz com que tenhamos no papel a Constituição mais bela do globo, contudo, nessa mesma lógica, a mais pérfida. O mesmo estado que na sua Lei Magna redige os Direitos Fundamentais do cidadão, é o primeiro a privar-lhe, quando a estes os recorre. Essa hipocrisia difundida pela burguesia, gera uma antipatia ao mais necessitado, ao desafortunado, ao morador da periferia, e dá origem aos homens-monstros supracitados, que degolam motoristas nas sinaleiras, seqüestram empresários, assaltam bancos e promovem uma hecatombe singular, fazendo com que o pânico transpasse por todas as esferas da sociedade, da classe alta, à classe pobre; a primeira, com medo de morrer, e a segunda, sabendo que se não matar, morre de fome.

O forno crematório espalha as cinzas como gripe, anuncia a queda das Babilônias, Tamboré, Alphaville. (faccção Central-Memórias póstumas do apocalipse).

Por fim, esclareçamos alguns pontos questionáveis. As citações podem ser de origem violenta, entretanto, elas são proles das partes mais ínfimas da sociedade, vez que o sonho utópico de Harvard, não floresce nos casebres de compensado, cerceados por esgotos ao ar livre, onde se proliferam pestes e todos os malefícios das drogas. Nesse ambiente, cresceu e morreu Sandro, apenas mais uma vítima do descaso da sociedade paradoxal brasileira, apenas mais um, que ousou nascer desafortunado na Terra de Vera Cruz.

Então te pergunto Brasil. Dos filhos deste solo, tu és mesmo mãe gentil?






Alex Caldas (Twitter: @Alex_Caldass)









Quer seu filho indo pra escola e não voltando morto, então meta a mão no cofre e ajude o nosso povo (Facção Central - Isso aqui é uma Guerra).

sábado, 27 de agosto de 2011

Seguimos na luta!!


Quem somos?

Poetas Sociais, é composto por três integrantes, Pippo Pezzini, fundador do projeto, blogueiro, estudante de psicologia, músico e professor na pró-música. Alex Caldas, estudante de direito, amante da filosofia e blogueiro e Jean Fernandes, estudante de psicologia, Blogueiro e amante da poesia.

Quais os objetivos?

Através das redes sociais, tentamos mobilizar o maior número de pessoas para se manifestar contra todos males da sociedade. Não apenas se detendo a revolucionários, somos defensores da arte, e acreditamos que ela pode mudar rotas de destino de muitas vidas, Além do blog, onde é postado semanalmente textos com temas aleatórios, poesias, contos. Do twitter onde diariamente é postado frases nossas, ou de poetas famosos. Temos um projeto que consiste em abranger todo público jovem, Nosso foco é criar debates, palestras, apresentações musicais, recital de poesias, dentro do ambiente escolar, para expor idéias, mudar preconceitos, criar questionamentos, adentrar com arte nas cabeças pensantes deste mundo jovem.

Também contamos com a banda Poetas Sociais, com Pippo Pezzini e Jean fernandes, que tocamos apenas letras que fazem referência a temas sociais, Cazuza, Legião Urbana, Titãs, Beatles, System of a Down, Detonautas, Gabriel o Pensador, entre outros.

O projeto é beneficente, e encaramos como uma ação social. E precisamos de apoio de divulgação, para que mais pessoas possam conhecer os Poetas Sociais, e possam nos contatar.

Contatos e links.

Twitter - @poetasSociais
Email - poetassociais@hotmail.com

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Dia após Dia

Dia após dia assistimos a violência tomar conta do nosso meio, o medo gera ansiedade que nos faz temer andar nas ruas, sair a noite. Dia após dia vemos famílias de classe alta com negligência afetiva, e problemas com drogas, com depressão. gerando por fim suicídio. Dia após dia assistimos o circo da corrupção, como faxina da Dilma, como a lei da ficha limpa que os parlamentares conseguiram não sancionar. Dia após dia somos vítimas do trabalho, do consumo, da mentira. Dessa mentira que a sociedade cria em prol de seus interesses econômicos e sociais. Dia após dia vivemos nessa falsa liberdade.

Acontece que usam a demagogia que mais parecem cantigas de ninar, para nos adormecer diante dessa banalidade. Comparecemos a conferência livre juventude e segurança pública, na câmara de vereadores, e assistimos vereadores, professores e padres nos contar tudo o que nós já sabemos, nos mostrar tudo o que já vemos diariamente nos jornais e na realidade, demagogos profissionais nos venderam a imagem de que estão preocupados com os direitos humanos.

Teve a participação do Chiquinho do grupo Poetas diVilas, com letras da real situação nas periferias, admiro o hip hop, por sempre questionar em suas canções o lado social em que vivenciaram nas favelas. Fugindo dos temas de dor de cotovelo, um movimento artístico que é pouco valorizado.

Continuamos na luta, onde houver um espaço para debater essas questões, estaremos lá. Com arte, e abertos a mudança de idéias, preconceitos.

Inauguro aqui, o projeto dos Poetas Sociais, que visa promover palestras, saraus, rodas, debates em escolas, faculdades, com ou sem ajuda da prefeitura, estaremos firmes no nosso objetivo. Conscientização sobre deveres e direitos de cidadão, inclusão da arte em suas vidas, incentivo ao estudo. Tudo para distanciar da violência, das drogas, da alienação, e formação da importância da solidariedade, fugir do individualismo.

Junto com os debates, a música, a poesia estará presente. Tocaremos músicas que remetam a questões sociais.

Pippo Pezzini

ABRAÇOSS - @POETASSOCIAIS

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Novos horizontes

Venho por meio deste, relatar a vocês, caros leitores, que o Poetas Sociais, ministrado por mim (Pippo Pezzini), receberá mais dois integrantes. Alex Caldas e Jean fernandes, os dois têm liberdade para postar textos aqui no blog e tuitar no @poetassociais, pois são adeptos da ideologia do Projeto. O dois são blogueiros, escritores, poetas e acima de tudo críticos sociais.

Sejam bem-vindos caros colegas e amigos, sigamos em frente, forte, guerreiros, mas sem perder a ternura.

Os textos serão assinados pelos autores.

siga
@alex_caldass @jeanfernandes34 @pippopezzini

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

as vezes penso que.

Cada acorde que ressoa do meu violão
contém frequências do meu amor.
Repare as pausas entre as notas,
e então descubrirá o ritmo de minha respiração
que oscila quando meu cérebro
envia sinais de sua imagem,
perco a razão.

Perco a noção de quando voltar a realidade,
habito um mundo distante da terra.
Quem sabe tudo que a gente conquistou
seja uma prova de quanto somos fortes juntos.
O que partir do desejo,
estará sempre acima da condição física
e todas as energias que emanam contra o sentido.
Por isso aguente firme,
e não dê ouvidos a quem nos quer mal,
apenas entenda que somos indivisíveis,
e juntos somos inteiramente tolos de amor.