terça-feira, 4 de janeiro de 2011

E as águas que não passam mais...


Fico pensando, como forma de alívio ou angústVerificar ortografiaia, se as coisas poderiam ter sido diferente. Quando chegamos num estágio da vida, na qual as escolhas que você optará, vai refletir sem escrúpulos no decorrer do seu trajeto, quando ninguém mais tem autonomia para decidir por você, pois você se considera um sábio, um pseudo sábio, na verdade.

E então você busca informações, pensa, reflete, tenta prever a intuição e por fim toma as rédeas do destino, e escolhe o caminho, sem ao certo ter idéia se fará sentido.
Algum tempo depois, a culpa toma conta da sua consciência, e imagina como teria sido se optasse por aquela outra saída, que na época parecia tentadora opção. Logicamente tudo isso vem a tona quando as coisas não saem como você esperava. Adaptado a um mundo de ilusões, e protegido pela falta de compromissos, o adolescente cai na realidade, num oceano gélido e impactante, com oscilações, imprevistos e a verdade nua e crua.

Despreparado para a guerra, jogado a cova dos leões, acaba se precipitando devido a pressão, e agindo conforme a idade, e isso acaba com o sonho de muitos jovens, e gera a infinita dúvida de quem um certo dia poderia mudar tudo, mudar as conexões, as redes sociais, as paixões, os sonhos, a vida. Mas nunca saberemos isso, afinal não descobri uma forma de voltar no tempo.

Descobri uma forma de lutar, uma forma de buscar a felicidade, e estou aqui para fazer o bem a quem sofre com dores no mundo psíquico, com angústias, com crises, com dificuldades, com condições desiguais devido a um estado impunemente injusto, corrupto, negligente e individualista, liderado por pessoas que infelizmente conferem muitas falhas de princípio. E isso não afeta apenas a classe política. Infelizmente.

Nunca nos banhamos no mesmo rio, aproveite as águas que passam, pois será a última chance de conhecer-las, viver aquela sensação, e quem sabe desaguar em outras vertentes.

Um comentário:

  1. Dizem alguns, que os bons livros tem bons finais. A peroração ficou explêndia com a citação de Heráclito, que, dos pré-socráticos, certamente foi um dos mais brilhantes; seus aforismos retumbam até em tempos hodiernos.
    Teus escritos fazem-me pensar, repensar e sofrer, ao saber que as águas, as palavras, e os que com nós conviveram, jamais voltarão. As decisões precipitadas e aquelas que não tomamos por preçaução, agridem-nos com golpes baixos, aonde não temos defesa, "no coração!".
    O sábio outrora escrevera "yo soy yo e las consecuencias" (eu sou eu e as minhas consequências).
    Pois bem, sejamos socráticos racionais e morramos de tristeza!!! Busquemos a resposta e novamente nos depararemos com a máxima "quem procura acha!"; e aí te pergunto,caro amigo pensante. Estamos preparados para encontrar a verdadee, e tomar as decisões certas sempre? A teoria não caos faria, desta sorte, com que as nossas decisões certas, pelomenos para alguém, fosse a opção errada, e destarte, novamente nossas vistas ofertariam-nos um precipício leviatãnico, qual seja, aquele que separa o homem do Deus cristão, que te faz implorar por perdão, afim de ser louvado por ti em uma eternidade amedrontadora!!!
    Por fim, relembro as palavras do titio Nietzsche, "o homem é um rio turvo, é preciso ser um mar, para, sem se toldar, receber um rio turvo..."

    Parabéns pelo texto...
    Alex Caldas

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