Meus olhos agora se fecham, mas, quem sabe assim, eu possa sonhar com o intangível e, da mesma sorte, confortar minha alma com um dogma religioso, alicerçando todos os meus feitos sob a égide do ignoto.
Meu corpo agora se estende, mas, quem sabe assim, eu possa deleitar-me com o sopro da eternidade e, desse modo, acreditar até o último segundo, que as mazelas que ora me afligem, são passageiras.
Minhas mãos são cruzadas e sobrepostas em meu corpo, como em sinal de oração, para que, quem sabe assim, eu possa receber o perdão divino pela minha heresia.
Minha pele agora está fria, como um granizo pálido, mas, quem sabe assim, eu consiga distanciar-me do fogo ardente, e dos desejos insanos e pecaminosos.
Minha voz se cala, para que, quem sabe assim, eu consiga escutar os louvores, e, não obstante, neles crer, e, então, tornar-me alguém mais sensato e compreensível, como "uma parte da maioria".
Meu corpo agora vive sem vida, para que, quem sabe assim, eu possa sentir-me "parte da prole do ignoto".
A ritualística fúnebre é, no momento, a única solução para meu carma.
Talvez, a minha morte seja a transformação de tudo em que acredito, ou, até mesmo, a prova cabal de que aquilo que eu nunca acreditei, de fato "nunca existiu".
Uma rosa com espinhos envenenados é, em verdade, o que eu agora desejo.
Consumir-me num sofrimento que há muito me acompanha é, em verdade, o que se agora faz necessário.
É necessário que eu deguste o amargo do absurdo numa absurdeza ímpar, que é minha existência, a qual, "eu não acredito possuir uma essência".
Sopro poesias desbotadas à beira do abismo quando, o que realmente eu desejaria fazer, era atirar-me às mais remotas e leviatânicas profundezas.
Deixo em meus manuscritos, gotas de sangue podre, envelhecidas vinte e um anos, numa adega de hipocrisia.
Fecho, agora, o caixão dos meus desabafos e, nos calabouços da alma, no âmago da minha existência, brota agora, na primavera, uma flor sem essência.
Meu corpo agora se estende, mas, quem sabe assim, eu possa deleitar-me com o sopro da eternidade e, desse modo, acreditar até o último segundo, que as mazelas que ora me afligem, são passageiras.
Minhas mãos são cruzadas e sobrepostas em meu corpo, como em sinal de oração, para que, quem sabe assim, eu possa receber o perdão divino pela minha heresia.
Minha pele agora está fria, como um granizo pálido, mas, quem sabe assim, eu consiga distanciar-me do fogo ardente, e dos desejos insanos e pecaminosos.
Minha voz se cala, para que, quem sabe assim, eu consiga escutar os louvores, e, não obstante, neles crer, e, então, tornar-me alguém mais sensato e compreensível, como "uma parte da maioria".
Meu corpo agora vive sem vida, para que, quem sabe assim, eu possa sentir-me "parte da prole do ignoto".
A ritualística fúnebre é, no momento, a única solução para meu carma.
Talvez, a minha morte seja a transformação de tudo em que acredito, ou, até mesmo, a prova cabal de que aquilo que eu nunca acreditei, de fato "nunca existiu".
Uma rosa com espinhos envenenados é, em verdade, o que eu agora desejo.
Consumir-me num sofrimento que há muito me acompanha é, em verdade, o que se agora faz necessário.
É necessário que eu deguste o amargo do absurdo numa absurdeza ímpar, que é minha existência, a qual, "eu não acredito possuir uma essência".
Sopro poesias desbotadas à beira do abismo quando, o que realmente eu desejaria fazer, era atirar-me às mais remotas e leviatânicas profundezas.
Deixo em meus manuscritos, gotas de sangue podre, envelhecidas vinte e um anos, numa adega de hipocrisia.
Fecho, agora, o caixão dos meus desabafos e, nos calabouços da alma, no âmago da minha existência, brota agora, na primavera, uma flor sem essência.
POR ALEX CALDAS (@Alex_Caldass)
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